sábado, 31 de janeiro de 2009

O James Bond

Estive a ver recentemente os filmes do James Bond e reparei que ele arranja sempre mulheres. E DEPOIS NÃO SÃO QUAISQUER MULHERES. É QUE É COM CADA UMA. É que podiam ser aquelas mulheres bonitas e jeitosas. Porra chegava. MAS NÃO. É com cada uma que eu até ando de lado.
Ora, isto só me dá a impressão de uma coisa: o James Bond não tem respeito pelos outros homens. Porque não são todos que conseguem engatar bombocas a torto e a direito. E ele não se cansa. Sacana do homem, em todos os filmes se mete com uma diferente. Só pode ser a gozar com a malta.
E depois faz sempre aquele olhar, de como quem diz: "Eu como estas mulheres e tu, Tomé, comes frango assado." Tss, palhaço, deve pensar que é espertalhão. Merda, entornei um bocado do molho do frango que a minha mãe me pôs aqui no tuppeware para comer ao almoço.
Eu inscrevi-me para James Bond mas o melhor papel que me deram foi do mau, que leva sempre trolha nos cornos. Aliás, lembro-me que se começaram a rir desalmadamente quando me viram chegar ao estúdio com uma pistola de água, para mostrar as minhas capacidades para desempenhar o papel de James Bond. Tsss, palhaços, se calhar queriam que eu fosse para lá com uma pistola a sério.
Mas o pior foi terem-me dito, quando eu cheguei: "Jovem, o James Bond deve ser bonito, charmoso, bem constituído e ter pinta. E tu és feio, tótó e magrinho. Pinta até tens." Aquilo despontou uma esperança dentro de mim, tanto que perguntei logo: "Tenho pinta?!" "Tens. De otário. MAS AO MENOS TENS PINTA." Vá lá, ao menos ainda me deram um elogio antes de eu ir embora. Impecáveis os gajos, por acaso.

A chuva

Tem estado uma chuva que não se pode. Hoje até estava no quarto e, quando a minha mãe me chamou, peguei na minha jangada e fui até à sala, onde os meus pais estavam a boiar no lago que tenho ao pé da mesa de jantar.
A chuva até nem me chateia. O que me chateia é a chamada "chuva molha parvos". Não percebo porque é que, quando eu estou à chuva, sou o único que me molho... Fica tudo a olhar para mim, a gozar, enquanto eu sou o único que fico molhado. Epá, não percebo.
E depois, com a chuva, vêm sempre perguntas absolutamente disparatadas, daquelas que eu odeio por serem tão inúteis. Isto porque ontem, quando estava a entrar num café e me encontrava todo molhado, uma mulher pergunta-me: "ENTÃO, ESTÁ A CHOVER?"

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NÃO ME CHEGAVA TER CHEGADO TODO MOLHADO E CHATEADO POR CAUSA DA CHUVA, AINDA ME DEPARO COM PERGUNTAS INTELIGENTES COMO ESTA. Respirei fundo e justifiquei, de facto, a causa para estar tão molhado.
"Não minha senhora, fui tomar banho a casa de uma amiga e esqueci-me de tirar a roupa."

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Dia Mundial da Ti Etelvina

Hoje, a minha querida avó fazia 80 aninhos. 80 aninhos! E todos os anos recordo esta data com carinho, com saudade e, mais do que tudo, com muito amor.
Minha querida, tenho saudades de ouvir a tua voz ao telefone, quando te ligava para dar os parabéns, e não só. Aquela doçura e vivacidade que eu conseguia discernir quando falavas: "Obrigado! Agora trata é de ti, de acabares o curso e de arranjares uma mulher!", dizias, bem disposta. E agora, passado esse tempo, olho à minha volta e penso, sentindo-me muito feliz, que fiz o que me pediste: acabei o meu curso e estou a trabalhar. Opá, não arranjei foi namorada! Mas quando arranjar, vê-la-ás e, assim de surra, sem ela saber, vens dizer-me, num sonho meu, se a aprovas ou não!
O que tens feito, avózita? Tens falado com o avô? Sim, falem, falem muito! Afinal de contas já estão juntos outra vez e, desta vez, é para sempre! Por isso força nisso, mas nunca se esqueçam de continuar a olhar por nós. Pode ser minha querida?
Apetece-me sorrir mais do que chorar. E sabes porquê? Porque me apetece recordar os bons momentos que contigo passei, aquelas risadas que me provocavas e as conversas que tínhamos. Até discussões e coisas que me ensinaste. Tudo isso conta, e muito, e tudo isso me faz sorrir, me faz pensar que, ao menos se não estás cá, estás com Deus, que Trata muito bem de ti.

Adoro-te e vou continuar a adorar-te. Sim, estou a chorar agora mas, por detrás disto, está um enorme sorriso! Muitos parabéns e continua assim, tão forte e presente em mim, como não deixarás nunca de estar.

Com um beijinho, do neto,


Ricardo

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Actuação dia 17, sábado, 21:00

Pessoal, vou actuar neste sábado, dia 17, às 21:00, no Teatro Experimental de Cascais, ou Teatro Mirita Casimiro, mesmo ao lado dos Salesianos do Estoril. A entrada é de apenas oito euros, revertendo os fundos a favor do Lar Madre Teresa de Saldanha.
Vambora apoiar esta causa solidária. Se me aturam às vezes, que é de bem maior esforço e sacrifício, também são capazes de colaborar e contribuir para este gesto de humanismo. Apareçam!

domingo, 4 de janeiro de 2009

A paranóia das passas

Impressionante. Porque é que toda a gente tem a merda da paranóia das passas, aquando da passagem de um ano para o outro? Toda a gente se importa só com as passas! Epá, houve pessoas que me ligaram na passagem de ano, pouco antes da meia-noite, só para me dizerem essa merda.
"Estou?"
"Grande Tomé! Como é que estás?"
"Óptimo meu amigo, e tu?"
"Está tudo bem, também! Olha, não te esqueças de comer 12 passas, uma para cada mês do próximo ano, quando passares a meia-noite!"
E DESLIGOU. E é aqui que eu pergunto: O QUE É ESTA MERDA?!?!
Tem toda a lógica, de facto. Se um gajo perde o emprego, a mulher o deixa e o cão lhe come a carteira antes de sair de casa, quando está atrasado para um encontro, foi por ele não ter comido a merda das 12 passas no início do ano. Pois está claro que sim. Tem toda a lógica.