segunda-feira, 19 de novembro de 2007

O português - 1

Tenho estado a observar o que é, afinal de contas, o português. E já repararam que o típico português é uma pessoa fascinante? Tem várias particularidades. Entre elas está o facto de só dizer metade das asneiras. Porquê? Até parece que um gajo quando diz metade da asneira não tem o mesmo efeito do que se dissesse a asneira toda. É que há gajos que chamam a outros com um ar mesmo de chateado: "Da pu**!" Epá...o outro fica menos chateado porque ele só lhe chamou metade da asneira, é? Faz todo o sentido, de facto. Uma pessoa está a discutir com outra e chama "da pu**" à outra. Como é óbvio, a outra pessoa não vai levar tão a peito o facto de lhe terem chamado isso. Quê, eu chamo isso a um gajo qualquer e ele não vai ficar totalmente ofendido porque a asneira não foi dita na sua totalidade? Tem apenas metade do seu sentido ofensivo, logo a pessoa ofendida não se deve sentir tão ofendida e dar um desconto à outra porque não lhe foi chamada uma asneira totalmente, apenas metade, claro está. Sendo assim, já não vou levar trolha, não ofendi totalmente, foi só metade. Por amor de Deus, tenham juízo.
É isso e dizer "dasse!" Epá, ao menos digam tudo. Já que vão dizer essa asneira e já não vai ser nada bonito, ao menos digam tudo. É que chamar "da pu**" a uma pessoa é uma coisa, porque é um nome que se chama e lá está, segundo o típico tuga, tem apenas metade do sentido ofensivo. Já chegámos a essa conclusão. Agora "dasse" não há volta a dar. Um gajo se diz "dasse!" a meio de uma reunião de trabalho ou numa entrevista de emprego porque algum bicho lhe picou debaixo da mesa e lhe está a doer a perna, já está queimado, não há volta a dar. Mais vale é mesmo dizer a asneira completa. Tem menos gravidade, é? Tenham juízo.

1 comentário:

O Pénis Arlindo disse...

O meu preferido é o: "ralhooooo"