domingo, 17 de fevereiro de 2008

O primeiro espectáculo

Caríssimas e caríssimos,

No dia 19 de Março, Dia do Pai, vai haver um espectáculo de stand-up comedy. Apadrinhado por três dos melhores humoristas nacionais - Francisco Menezes, João Seabra e Carlos Moura - irei estrear-me neste tipo de actuação.
Será no Teatro Mundial e terá início às 21:30 horas. Para lá chegar, a quem não souber onde é, siga estas simples instruções: a partir da rotunda do Marquês de Pombal, seguem para o Saldanha e viram logo na primeira à direita. Na Rua Martens Ferrão, Nº12, em Picoas. Ao pé do Palácio Sotto Mayor, que está em obras. Teatro Mundial.
Apenas custar-vos-á 10 € para assistirem ao espectáculo. Sim, eu sei. Claro que faria muito mais sentido cobrar-se uma cifra nunca inferior a 60€ para se ver o grande Tomé, mas assim é melhor para todos.

O dinheiro irá reverter a favor do ISU - Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária - que organizou esta iniciativa com a finalidade de angariar fundos para projectos de voluntariado em África. Ou seja, não estarão apenas a pagar para verem como eu sou parvo, mas também por uma boa causa.
Peço a todos que venham e que tragam as pessoas que quiserem. Sendo compreensivo, claro que perdoo a quem não vier mas poderão ouvir boatos sobre vocês a circular por aí, como que tiram macacos do nariz e comem. Se isso acontecer, não sei quem foi.

Muito obrigado e até dia 19 de Março.
Com os melhores cumprimentos que eu puder dar,

Ricardo Tomé

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O Dia dos Namorados

Hoje é o Dia dos Namorados. Hoje é um dia especial. Hoje é dia de pin...passeios pela praia e essas coisas românticas.
Ora, que os apaixonados fiquem então a saber algumas coisas sobre este dia em que dão prendas e sorrisos aos seus mais-que-tudo.
Para já, o Dia dos Namorados é também o Dia de São Valentim, não é? POIS FIQUEM SABENDO QUE O SÃO VALENTIM FOI DECAPITADO. Ou seja, quando as pessoas estão a dar prendas aos namorados e namoradas, ESTÃO A FAZER JUS A UM HOMEM QUE FOI DECAPITADO. Porra, é muito sinistro para um Dia dos Namorados, não? Pá não sei, digo eu. Lá está, é caso para dizer que o Vává perdeu a cabeça por causa do amor.
No entanto, deixem que vos diga que ele era um tarado. Epá Deus me perdoe mas era. Vejam: o Vává esteve preso. E enquanto esteve preso, uns jovens mandavam-lhe flores e papéis para onde ele estava preso a dizer que ainda acreditavam no amor, dado que tinha sido o Vává a ensinar como explorar e valorizar o amor entre os jovens. Um dia, Asterius, a filha do carcereiro que mantinha o Vává preso, foi visitá-lo. Ora, Asterius era cega e quando o visitou consta que os dois se apaixonaram e, milagrosamente, a jovem passou a ver...e é aqui que eu digo que o Vává era, de certo modo, um tarado. Então a miúda vai ver o Vává à prisão na sua ingenuidade, inocência e sentimento de solidariedade, e o homem abre-lhe o olho...? Hum...pá, não se faz...
E depois o Cupido...Por que raio o símbolo do Dia dos Namorados é um Cupido, pá? Faz todo o sentido, realmente. Eu estou a passear com a minha bomboca no melhor local do mundo para se passear, num fim de tarde fantástico, ela a dizer que me ama, eu a dizer-lhe que ela é a minha vida e eu olho para o lado e VEJO UMA MONTRA COM UM ANJO GORDUCHO E COM UMA PILINHA DE 2 CENTÍMETROS, COM UM ARCO E UMA FLECHA. AH E COM UM CORAÇÃO NA PONTA DA SETA. É mesmo o que eu quero ver. Sem dúvida. Deus me perdoe mas é verdade.
Mais uma particularidade deste dia: em alguns pontos do mundo, o dia 14 de Fevereiro nada tem a ver com amor nem com o Vává, constituíndo o dia referente ao princípio da época do acasalamento das aves. Hum...então, mais uma vez, QUANDO ESTÃO A DAR PRENDAS E SORRISOS AOS VOSSOS MAIS-QUE-TUDO, ESTÃO, NA VERDADE, A CELEBRAR O ACASALAMENTO DAS AVES.
- Toma amor, toma esta caixa de chocolates por mais uma avestruz no mundo!
- Ah obrigado meu querido! Toma agora tu esta camisola por uma andorinha no céu!
Epá tenham juízo.

Para o dia de hoje, não estou propriamente feliz porque não tenho a menina que queria mas é necessário sorrir sempre. Até porque tenho o companheirismo dos encalhados. Vambora. Às tantas é hoje que eu vou conhecer a minha próxima namorada. Com a sorte que eu tenho, estou mesmo a imaginar a situação. Eu estou sentado num bar. De repente, vislumbro ao longe uma bomboca a olhar para mim. Eu vejo muito mal ao longe, mas ainda consigo ver que está a olhar para mim. "Xê! Vou lá", penso, determinado. Caminho até ela, e apresento-me. "Olá, eu sou o Ricardo. Muito prazer." Mas ela olha para mim com cara de parva. "Ricardo, estúpido, sou eu a Vanda, a tua irmã. Estou a olhar para ti à meia hora porque o pai e a mãe já me ligaram para te vir buscar para irmos para casa que já é quase meia-noite e eles não te deixam sair até tão tarde." Ah. Fantástico.

Desejo a todos um excelente Dia dos Namorados, com ou sem namorado ou namorada. Para quem que não tem ninguém agora, lembrem-se sempre disto: a vossa pessoa está por ai. Vivam à vontade que ela virá ter com vocês.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

O Carnaval e a Fada

Eu quando era pequeno não gostava muito do Carnaval. Epá achava sinistro. "Mas o que é que se passa com esta gente para fingirem que são outras coisas? Não estão contentes com o que são?" Aliás, eu uma vez, vi um vizinho meu mascarado de banana e, depois de me terem reanimado com um desfibrilador, pensei sobre o assunto. Não há nenhuma banana que se tenha mascarado do meu vizinho. Então porque é que ele se mascarou de banana? É esta ausência de reciprocidade que há no Carnaval que eu não percebia.
Depois, quando cresci, percebi o sentido e a piada do Carnaval e comecei a mascarar-me. Hoje sou um gajo feliz por poder fazê-lo. Vejam o meu disfarce deste ano e perceberão isso. Perceberão também que eu sou um bocado parvo.

É incrível como eu pus esta fotografia no meu hi5 no dia 6, tendo já, três dias depois, uma porrada de comentários. Agradeço-os muito, pelo que estabeleci então um objectivo pessoal - chegar aos 60 comentários. Tendo consciência da dificuldade disso, é para mim um desafio aliciante e ao qual eu me dedico com entusiasmo e todo o meu empenho.
Sendo assim, peço-vos que vão ao link que está em baixo e façam um comentário, por favor. Ajudem-me a chegar aos 60 comentários. Ajudem-me a atingir esse feito. Entendam que eu passarei a ser feliz caso isso aconteça. Muito agradecido.

http://www.hi5.com/friend/photos/displayMyPhoto.do?photoId=1178810358&albumId=8514821&ownerId=6714807

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Os bebés - 3

Vou terminar a minha reflexão sobre os bebés com uma última constatação: os bebés são uns bêbedos. Epá, lamento muito mas é verdade. Os bebés são os maiores seca-adegas que há e ninguém dá por nada porque não se desconfia das suas carinhas de anjos.
Por exemplo, nos casamentos. Vocês hão-de reparar que o Ti Jacinto pode ter estado a beber o almoço todo, o pai da noiva pode ter estado a mandar penalties abaixo ainda antes de vir o primeiro prato, MAS QUEM É QUE VOCÊS VÊM A CORRER À VOLTA DAS MESAS DURANTE E DEPOIS DO ALMOÇO?!?! SÃO OS BEBÉS. Porra mas ninguém repara nisto? Só eu?!
E depois vão sempre uns contra os outros. Há sempre um líder. Vão todos atrás dele e depois se ele por acaso se esmerda no chão, pimba, é tudo a cair uns em cima dos outros. Uns riem, outros choram. Lá está, mais um sinal claro de embriaguez. A bebedeira pode dar para chorar ou para rir. Esta é mais uma prova.
Querem outra prova? Os sons que os bebés emitem. Vocês hão-de reparar que, quando um miúdo está a correr, se os chamarem, eles param. Estacam completamente e ficam a mirar-vos com aquele olhar de maluco, com os olhos muito abertos e uma expressão de desconfiança, tipo Noddy. O Noddy. Eu odeio o Noddy. O Noddy mete medo. Num dia, falarei sobre o Noddy. Bem, mas como estava a dizer, eles ficam parados com uma cara da psicopatas. E depois se vocês os chamam, eles começam a emitir sons imperceptíveis, sem qualquer nexo nem ordem lógica. Nunca mais me chamem bêbedo. Também não acontece muito por isso não estou minimamente preocupado.
Porque é que acham que eles não aguentam o cocó? Porque a cardina é tal que nem se apercebem. Querem mandar uma flatulênciazita...pimba, sai um muro de Berlim. E depois riem-se. E ainda têm o descaramento de fazer com que a mãe tenha que lá ir limpar-lhes o rabito.
Meus queridos e minhas queridas, comecem a reparar mais neste flagelo da nossa sociedade, flagelo que poucas ou nenhumas pessoas parecem estar a perceber: os bebés são bêbedos e andam aí. Vejam a imagem em cima, em que estão bem claras as expressões de dois bebés completamente alcoolizados depois de virem de um baptizado.
Enquanto que o que está à frente está de tal modo embriagado que tem que fazer aquela cara para poder focar melhor a máquina que lhes está a tirar a fotografia, tendo mesmo que se segurar no tronco para não cair para a frente, o de trás está a gozá-lo de tal forma que não se consegue parar de rir. Também há a forte probabilidade de se estar a rir porque já chegou a um estado tal que não consegue fazer outra coisa senão rir. Há bebedeiras que dá para isso.

Os bebés - 2

Continuando a falar dos bebés. Parei na parte em que eles libertavem excrementos de forma involuntária. Porque é que parece que isso é sinónimo de felicidade e de orgulho por parte da família toda? Epá os pais dão o primeiro banho ao miúdo. Tudo bem. Estão felizes mas nada de outro mundo, é um recém-nascido. Os pais vestem pela primeira vez o miúdo e levam-no para casa. Tudo bem. Estão felizes por verem a criança a mexer-se pela primeira com roupa no pequeno, lindo e doce corpo. MAS QUANDO O MIÚDO SE CAGA PELA PRIMEIRA VEZ OS PAIS COMEÇAM A GRITAR E A DAR SALTOS DE ALEGRIA, TOTALMENTE ORGULHOSOS DA SUA CRIA. Porquê?!?! É isso que eles vão dizer ao miúdo que os faz ter orgulho nele quando ele crescer? Parece que já imagino um diálogo entre o pai e o filho quando ele tiver 6 anos, antes de ir para a cama.
-Pai, conta-me uma história gira de quando eu era pequeno!
-Hum...olha filho, agora não estou a ver nenhuma.
-Não...? Mas a mãe disse que uma vez, quando eu tinha três anos e meio, apareceram sete ladrões cá em casa, vocês estavam amarrados e eu dei cabo deles todos...eu não me lembro...isto é verdade?
-É filho...mas oh, não foi assim nada de outro mundo...
-Mas a mãe contou-me também que eu uma vez, quando os miúdos de 15 e 16 anos aqui do bairro estavam a jogar à bola, entrei em campo e fintei todos e marquei quatro golos de rajada...eu fiz isso?
-Fizeste filho. E nem cinco aninhos tinhas ainda. Mas pronto, isso também não é assim fora de série.
-Então mas...afinal o que é que eu fiz em pequeno que te fizesse orgulhar de mim?
-OLHA UMA VEZ, ESTÁVAMOS NO PARQUE AQUI ATRÁS DE NOSSA CASA E TU CAGASTE-TE PELA PRIMEIRA VEZ! EPÁ FILHO, FIQUEI TÃO CONTENTE! BORRASTE A FRALDA PELA PRIMEIRA VEZ!
Não percebo.

Os bebés - 1

Há uma coisa a que eu quero fazer referência porque é realmente muito estranho. Vocês já repararam que quando estão a fazer festinhas a um bebé ou a dizer-lhe expressões queridas e afectuosas como: "Olá bebé! És tão lindo!", é a mãe ou a outra pessoa que está a passear o miúdo que responde? "Olá! Eu sou muito bonito não sou?" Epá mas porquê? Ninguém está a falar com ela. Mantenha-se neutro pá. Está bem que o miúdo ainda não fala mas então não falem por ele. Até porque as pessoas podem dizer coisas que o bebé não quer dizer, coisas embaraçosas e que, mesmo o miúdo tendo meses ou até semanas, envergonham a pequena criatura. Do estilo: "Olá bebé! Ena, estás tão lindo!" E a mãe diz: "Olá! Eu sei, olha para mim! Opá, fiz cocó na fraldinha!"
Isto, meus caros e minhas caras, pode desencadear um trauma na criança. Quando crescer, o puto vai ser constantemente recordado que se cagou em pleno jantar de família, no meio do restaurante. E qual vai ser a cara dele?! Em pequeno ria-se porque não sabia o que estavam a dizer sobre ele mas, depois de crescer, vai-se aperceber que estava tudo a olhar para a bosta dele enquanto viam a mãe a trocar a fralda.
Até porque isso parece ser uma fantasia das pessoas quando vêm um bebé a borrar-se na fralda. Como se não fosse uma coisa normalíssima num bebé. Vocês hão-de reparar que, a meio de um lanche onde está a família toda porque a Tia Lina faz anos, num sábado à tarde, quando se ouve alguém a dizer em voz alta (de propósito, porque devem achar um piadão ver merda de bebé): "Olha! O Chiquinho cagou-se!", levanta-se tudo como se dos personagens do Dragon Ball se tratassem, parecendo que têm molas nas cadeiras. "Deixa ver! Deixa ver!" E depois quando a mãe está a limpar o bebé, e aí sim, os bebés têm essa percepção mesmo com poucos dias de vida, ficam mesmo envergonhados. Credo, deixem o miúdo cagar-se à vontade e ser limpo pela mulher que o pôs no mundo. Está nessa idade. Assim como o miúdo não se põe a gozar com a bisavó quando ela se caga sem querer devido à idade avançada, também ela não deve gozar com o bebé.
Epá é o que eu penso.

Uma coisa boa da vida

Agora vou falar de um assunto que toda a gente gosta. Não há uma pessoa que não goste. Não passando de forma indiferente a ninguém, todos falam disso, até porque é uma das melhores coisas que o nosso mundo tem. Posto isto, vou falar de mim outra vez.
Eu sou uma pessoa fantástica. Epá sou. E sou bonito. Então quando era pequeno nem imaginam. Já era uma bomboca.
Pronto era só isto.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O defesa-esquerdo maravilha do Cascais

Já falei anteriormente do clube onde joguei futebol - o GDS Cascais, esse grande clube que ambiciona chegar um dia aos grandes palcos da Liga dos Campeões.
Como também já disse, eu era defesa-esquerdo. Era um jogador fantástico. Fintava com os dois pés, lia de forma brilhante o jogo, já para não falar dos golos magníficos que marcava. O nosso médio centro era sem dúvida alguma o nosso melhor jogador.
Ah eu? Também era um grande jogador...até me lembro de uma vez, em que eu fiz uma grande exibição, tendo mesmo saído debaixo de assobios, era a forma estranha dos adeptos do Cascais mostrarem o seu contentamento face a uma boa exibição de um jogador da equipa, e nesse dia o presidente disse-me: "Tomé, tu a partir de agora vais ver os jogos mas é na bancada!" Que atencioso, sempre a dar apoio aos jogadores. Ou seja, ele queria que eu fosse ver os nossos jogos da bancada para poder observar a forma de jogar do adversário. Desse modo, quando eu fosse entrar em campo, já sabia como eles jogavam e explorava as suas lacunas. Mas eu estava sempre no banco...agora é que eu estou a ver que estava sempre no banco...LÁ ESTÁ. O treinador guardava-me como arma secreta para os desmoralizar quando eu entrasse. "Epá, vai entrar o Tomé". E cagavam-se todos. Mas eu nunca entrava...LÁ ESTÁ. Para me poupar para os jogos mais importantes. Sim, devia ser isso.
Tenho imensas saudades desses tempos em que jogava no Cascais. Lembro-me bem que uma vez joguei a titular! Foi o meu auge. Até me lembro das palavras do treinador antes do jogo começar, no balneário: "Tomé, não te iludas. Só vais entrar porque vamos jogar contra os últimos do campeonato e já garantimos a subida de divisão". Sempre na brincadeira! Só pode, porque eu até me lembro que nesse jogo joguei muito bem. O míster tirou-me foi aos seis minutos de jogo...lá está. A querer poupar-me para os jogos mais importantes. Sempre a pensar em tudo. Epá mas esse era o último jogo da época...Ah mas para eu não correr o risco de me lesionar e assim ficar sem poder curtir as férias. Grande porreiro que ele era. Sim, deve ter sido isso.
Pois é, como podem ver, eu fui em tempos um grande jogador. Não percebia era porque é que eu quando perguntava ao meu treinador em que posição é que ele achava que eu poderia jogar, ele me respondia: "Tu?!?! Banco esquerdo!" Devia ser um trocadilho dele, ele gostava de dizer umas graçolas às vezes. Tem lógica.